segunda-feira, 30 de abril de 2012

A casa do futuro é verde

Veja -

Responsável por 40% do consumo de energia no mundo, padrão de edificação atual é insustentável. A boa notícia: tecnologia já está disponível e não há perda de conforto. Falta o mercado se adaptar
Cecília Ritto e João Marcello Erthal
Movimento Terras: condomínio de oito casas em Pedro do Rio, distrito de Petrópolis, será o primeiro na América Latina a ter a certificação Breeam, a mais rigorosa em critérios ambientais
Movimento Terras: condomínio de oito casas em Pedro do Rio, distrito de Petrópolis, será o primeiro na América Latina a ter a certificação Breeam, a mais rigorosa em critérios ambientais (Divulgação)
“Se você entrega uma casa com sistemas mais práticos, até nos materiais de limpeza há economia. A tendência mundial hoje é aumentar as moradias. Em uma casa com padrões mínimos de conforto, fácil de manter e limpar, as famílias produzem mais", afirma Marcelo Takaoko
Em uma área verde a duas horas do Rio de Janeiro começa a ganhar forma o que pode ser a casa do futuro. A água dos chuveiros e torneiras será reaproveitada para a descarga dos banheiros, e o esgoto passará por tratamento nas instalações de cada uma das oito residências do condomínio, na região de Pedro do Rio, distrito de Petrópolis. O planejamento de iluminação, com amplas janelas e luzes de led de baixo consumo, deve reduzir a conta de energia elétrica em até 30%. O aquecimento de água é feito com placas solares. Apesar do padrão sofisticado, não há previsão de ar-condicionado. Em vez disso, há um telhado com cobertura vegetal, que reduz em 30% a variação de temperatura em relação ao ambiente externo. A primeira casa está em construção, e os preços começam em 1,1 milhão de reais.

O projeto, uma exceção nos padrões brasileiros, segue regras que já vigoraram na Europa e nos Estados Unidos, onde há cerca de 200.000 construções com o selo Breeam (Building Research Establishment Environmental Assessment Method), considerada a mais rigorosa certificação em matéria de exigências ambientais. O condomínio Movimento Terras foi pensado para ser uma casa de campo de luxo. Mas morar e construir de forma “sustentável” caminha para ser o padrão em um futuro próximo. “Há quem pense que uma casa sustentável é algo de garrafas pet. Definitivamente, não é o caso”, diz o arquiteto Sérgio Conde Caldas, que coordenou os projetos do empreendimento.

O modo de vida em um mundo mais preocupado com o meio ambiente passa, necessariamente, por transformações na forma de morar e fazer casas. O padrão de edificação nos dias de hoje é algo altamente poluente – ou, para usar a palavra do momento, insustentável. Prédios comerciais e residenciais são responsáveis por 40% do consumo anual de energia do mundo, por um terço dos recursos naturais consumidos pela sociedade – incluídos na conta 12% de toda a água potável da terra – e por 40% do lixo sólido. Os recursos são consumidos de forma inadequada na construção e ao longo da vida útil dos imóveis, com o alto consumo de energia para climatização, iluminação e aquecimento de água.
Clóvie Deangelo
Em Cubatão, o conjunto habitacional Rubens Lara foi reconhecido pela ONU como uma construção sustentável
Em Cubatão, o conjunto habitacional Rubens Lara foi reconhecido pela ONU como uma construção sustentável


A mudança no padrão mundial de edificação é uma recomendação da ONU para que o planeta ponha em prática a "economia verde", que estará em debate durante a Rio+20, em junho. De forma geral, conhecimento, técnicas e materiais para que casas e edifícios sejam ambientalmente mais adequados são conhecidos. Mas as experiências nesse sentido ainda são limitadas. No Brasil, o conjunto habitacional Rubens Lara, em Cubatão, é considerado um exemplo de construção ‘verde’. No lugar de madeira, esquadrias metálicas; em vez de eletricidade para esquentar a água, energia solar. As medições de gás, energia e água são individuais – o que estimula cada família a controlar melhor o seu consumo. As 1.840 unidades do Rubens Lara fazem parte do projeto do governo paulista que prevê a remoção de 7.760 famílias moradoras de áreas irregulares do parque Serra do Mar. O Rubens Lara foi reconhecido pelo programa Iniciativa de Habitação Social Sustentável (Sushi), que faz parte do programa da ONU para o meio ambiente.

O estado de São Paulo tem investido na construção de casas ambientalmente corretas desde o governo passado. “As moradias têm inovações que passam pelo aquecimento solar, pé direito com cerca de 2,60 m (os convencionais têm 2,40), janelas maiores para ajudar a ventilar e iluminar”, explica o secretário estadual de Habitação de São Paulo, Silvio Torres. Com as mudanças, afirma Torres, houve redução de 30% no consumo de energia nessas residências. De 2009 a 2012, foram construídas 60 mil unidades habitacionais verdes bancadas pelo estado.

Como trata-se de exceção, a construção de um edifício sustentável hoje ainda é cerca de 10% mais cara. Os benefícios vêm depois, com os gastos menores nas contas de consumo e na manutenção. O presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, Marcelo Takaoko, enxerga benefícios além da economia. O investimento nessa tendência de construção, afirma, facilita a manutenção, reduz a incidência de doenças e estimula a família no emprego e na escola. “Se você entrega uma casa com sistemas mais práticos, até nos materiais de limpeza há economia. A tendência mundial hoje é aumentar as moradias. Em uma casa com padrões mínimos de conforto, fácil de manter e limpar, as famílias produzem mais, crianças aprendem melhor”, acredita.

Ainda são poucas as edificações brasileiras com certificados de sustentabilidade. O selo LEED, um dos mais conhecidos, foi dado a apenas 500 prédios no país. Márcio Santa Rosa, engenheiro e coordenador da pós-graduação Economia e Gestão da Sustentabilidade na Construção Civil, da UFRJ, que também é gerente do plano de sustentabilidade do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016, calcula que metade desses “comprovantes verdes” esteja em São Paulo. “É difícil popularizar porque há um custo. Mas as classes média e alta estão tendo maior aceitação hoje. Em parte, por uma expansão da consciência ecológica, mas também porque chegam ao mercado produtos ‘verdes’ com maior qualidade. Em São Paulo, há mais prédios com certificação porque há uma expansão da construção para a classe A e pela existência de muitas multinacionais que querem manter o padrão usado lá fora”, explica Santa Rosa.

Ainda assim, no Brasil, somente 1% das construções de médio e alto padrão têm selo de sustentabilidade. Nos EUA e na Europa, isso representa cerca de 15% do mercado imobiliário. Aproximadamente 500 edificações brasileiras estão na fila para reivindicar o selo Leed, o que demora dois anos para ser expedido. No Rio, em 2007, havia apenas dois prédios com certificação. Chicago, que competia com o Rio para sediar as Olimpíadas de 2016, tinha mais de 600. O Comitê Olímpico Internacional (COI) exige construções verdes. Tanto que, em Londres, uma das técnicas usadas no Parque Olímpico foi a colocação de telhados verdes, que reduzem a temperatura em até três graus.

De volta à realidade brasileira, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Enquanto na cidade-sede dos Jogos Olímpicos 2016 ainda vigora uma lei que obriga os novos prédios a terem quarto de empregada, na Europa de forma geral uma habitação reformada ou nova só pode ser erguida ou modificada se tiver padrões mínimos de eficiência, sobretudo energéticos. Caso contrário, a prefeitura não dá autorização para habitar.


Divulgação
Reaproveitamento de água, energia solar e telhado com cobertura vegetal: consumo de 30% na conta de energia no condomínio Movimento Terras
Reaproveitamento de água, energia solar e telhado com cobertura vegetal: consumo de 30% na conta de energia no condomínio Movimento Terras
A proposta da ONU para as edificações ‘verdes’ começa pelo poder público. As recomendações das Nações Unidas são para que prédios públicos, como hospitais e grandes edifícios, sejam o ponto de partida para uma mudança de padrão. Afinal, é preciso criar escala para que produtos e normas ambientalmente corretas sejam também rentáveis. Enquanto a indústria não faz a virada, a preocupação ambiental se mantém no campo das exceções. As oito casas do condomínio Movimento Terras foram projetadas desde o início de acordo com preceitos de interferência mínima no meio ambiente. Isso significa, por exemplo, construir com mínima interferência no terreno, considerando para o empreendimento o movimento dos ventos e todo o ambiente ao redor – exigências para a certificação Breeam.

Conde Caldas explica que, desde o início, a ideia foi construir de forma sustentável, mas tendo o conforto como um diferencial. “Não queríamos construir de forma artesanal. Procuramos os fornecedores e conseguimos envolver os fabricantes no projeto. O objetivo não é fazer uma vez diferente e isso se perder. Queremos desenvolver conhecimento e estabelecer um novo padrão de construção”, explica o arquiteto.

O conforto térmico permitiu eliminar o ar-condicionado. “Se o comprador quiser, pode até instalar, mas não previ isso no projeto, de propósito”, diz Conde Caldas. A água da chuva é captada no telhado para reaproveitamento no jardim, sem tratamento. Já a água “cinza”, ou seja, usada nos chuveiros e torneiras, é reaproveitada na descarga, depois de tratamento. Cada casa tem uma pequena estação de tratamento de esgoto (ETE). A previsão é de que a economia de água e energia nas unidades do Movimento Terras seja de 30%. Todo o aço usado é reciclado, as madeiras e outros materiais têm comprovação de origem. 

O mercado de construção tem itens que permitem, mesmo em uma reforma, reduzir o consumo e o impacto ambiental de uma casa ou apartamento normal. Entre eles, estão as válvulas de descarga com dois níveis de acionamento, lâmpadas de led, painéis de aquecimento solar e janelas com vidros que reduzem o aquecimento causado pela luz solar, sem escurecer tanto o ambiente.

“O diferencial ambiental é um argumento a mais para a venda, mas ainda não é algo que motive isoladamente a compra. Mas o que percebemos é que faltam alguns passos para que a cultura de construções ambientalmente corretas se consolide no Brasil”, avalia Patrícia Judice, que gerencia as vendas do empreendimento.
O que é economia verde:
Crédito: Divulgação/Pnuma-Brasil
Um terço da energia utilizada no mundo é gasta dentro de prédios, e o setor de edificações é o que mais emite gases no planeta. O setor de construção civil é responsável por mais de um terço do consumo de recursos, incluindo 12% do consumo de água potável. O relatório GEI considera necessários investimentos de 300 bilhões de dólares por ano até 2050 no setor. Prédios públicos, como escolas e hospitais, são ideais para começar a estimular a indústria da construção civil a adotar práticas sustentáveis: melhor ventilação e aproveitamento da luz natural, por exemplo. O setor tem o potencial de garantir a economia de um terço no consumo de energia. No Brasil, o projeto do conjunto habitacional Rubens Lara, em Cubatão, foi reconhecido pela ONU, através do Sushi (sigla em inglês para iniciativa para habitação social sustentável). Os prédios têm janelas maiores e aquecem a água com energia solar. Construir dessa forma, atualmente, custa 10% a mais.

Mercado imobiliário atrai investidores que querem lucro e segurança

Estado de Minas -

Investidores apostam no setor imobiliário como forma de obter bons lucros e em busca da segurança que não existe no mercado de capitais
 
Para o empresário Carlos Frederico Castro, uma das grandes vantagens do investimento é sua valorização consistente ao longo dos anos (Eduardo Almeida/RA Studio)
Para o empresário Carlos Frederico Castro, uma das grandes vantagens do investimento é sua valorização consistente ao longo dos anos
Na hora de investir, surge a dúvida sobre a melhor forma de aplicar o dinheiro. Entre as inúmeras possibilidades, o mercado imobiliário é uma boa alternativa para quem busca obter uma renda estável. E, com o aquecimento da economia, investir em apartamentos, salas comerciais e lotes aparece como opção de retorno financeiro. Diante dessas possibilidades, como saber qual delas é a melhor?

Quem optar por um apartamento ou sala comercial pode estar certo de que são ativos reais seguros, capazes de garantir bons lucros, segundo afirma o diretor da D-Fillipo Netimóveis, José De Fillipo. “Um imóvel bem comprado pode trazer para o seu investidor excelentes resultados.”

Caso seja essa a alternativa escolhida, o empresário recomenda a aquisição de imóveis na planta, que são mais rentáveis que os já construídos. “Isso porque, quando o apartamento fica pronto, o lucro, que seria do construtor, passa a ser do investidor”, esclarece. De Fillipo observa, inclusive, que essa tem sido a escolha preferida de jovens investidores, que optam por locar o imóvel assim que ele é entregue e, com o aluguel, pagam uma parte das prestações do financiamento.

Diretor da Ronaldo Starling Netimóveis, Ronaldo Starling concorda que os imóveis comprados durante sua construção, geralmente, apresentam menor preço. “Além da vantagem da maior flexibilidade na condição de pagamento, porém, com prazo de retorno do investimento mais longo”, ressalva.

Já os novos apresentam menor oferta no mercado e, salvo os financiamentos pelo sistema financeiro habitacional, menor flexibilidade na condição de pagamento.

MENORES 

Segundo De Fillipo, com relação aos imóveis prontos, pode-se optar por investir em residenciais ou comerciais, que podem ser vendidos depois da valorização patrimonial ou alugados, garantindo uma renda mensal extra. “Apartamentos menores, de um ou dois quartos, são os mais procurados”, revela.

Proprietário de lojas e salas há mais de 10 anos, o advogado e empresário Carlos Frederico Castro acredita que o negócio é um excelente investimento. “A demanda por esse tipo de imóvel vem crescendo em Belo Horizonte e no resto do país. O retorno financeiro hoje se compara aos melhores rendimentos de outras aplicações financeiras. A locação, ao longo dos últimos anos, vem crescendo acima da inflação.”

Para Castro, uma das grandes vantagens do investimento é sua valorização consistente ao longo dos anos. E, apesar de o mercado estar mais cauteloso, o declínio das economias tradicionais, como Europa e Estados Unidos, tornou o Brasil a “bola da vez”, como avalia o empresário. “Os investidores desse setor procuram a segurança que não existe no mercado de capitais. Portanto, a expectativa para este ano é boa”, considera.

Negócio lucrativo 
Possibilidade de valorização maior que a de fundos de renda fixa e da caderneta de poupança são alguns dos atrativos para investir em imóveis

Para o diretor de Vendas da Gran Viver, Marco Túlio Silva, a vantagem do lote é que não demanda grandes custos para manutenção (Eduardo Almeida/RA Studio)
Para o diretor de Vendas da Gran Viver, Marco Túlio Silva, a vantagem do lote é que não demanda grandes custos para manutenção
A aposta em lotes, outra opção de investimento, tem como vantagem o fato de não necessitar de grandes custos para manutenção, segundo o diretor de vendas da Gran Viver, Marco Túlio Silva. “O tempo é seu grande aliado, diferentemente de outros bens móveis, como carros, que se desvalorizam com o passar dos anos. Além disso, um lote não sofre com crises econômicas, aquecimento global ou mudanças de governo. Já dizia o velho ditado: ‘quem compra terra, não erra.’”

Marco Túlio lembra que são inúmeras as opções que geram bons retornos. “O investidor pode aguardar a valorização do lote e vendê-lo a preços bem maiores. No caso de lotes fora dos condomínios, pode construir um imóvel residencial e alugar os apartamentos, ou um galpão para empreender um novo negócio, obtendo uma renda complementar na aposentadoria.”

Independentemente de como será o uso do lote, o diretor de vendas afirma que eles são ótimos investimentos, já que valorizam mais que fundos de renda fixa e caderneta de poupança. Mas, para obter lucro, é preciso escolher com critério. “A pessoa deve analisar o crescimento da vizinhança, o comércio e a qualidade das construções do entorno, entre outros quesitos. Esses fatores é que vão determinar sua valorização”, ressalta.

Advogado da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Leandro Pacífico destaca que, no caso de lotes novos, é essencial averiguar se o empreendimento está ou não regularizado e se a matrícula de todos os imóveis já foi individualizada. “Também é importante verificar com qual tipo de infraestrutura contará o loteamento e, principalmente, averiguar na prefeitura se há algum entrave à realização de obras de infraestrutura.”

Além disso, o advogado chama a atenção para o conhecimento da Lei 6766/79, que determina a proibição da venda de lotes que não estiverem registrados/desmembrados. “Caso o comprador verifique a irregularidade, a lei prevê, inclusive, a suspensão dos pagamentos para o loteador.”

Independentemente da escolha – apartamentos, salas comerciais ou lotes –, Pacífico diz que analisar a regularidade do registro e do vendedor é indispensável para uma venda segura em todos os três casos. Em relação aos apartamentos, o mais importante é a documentação constante no cartório do registro de imóveis e a documentação do vendedor.”

CREDIBILIDADE 

Para quem está em busca de boas oportunidades, o advogado da ABMH conta que situações juridicamente mais complicadas – inventário, leilão, imóvel com restrição – também podem representar boas oportunidades de ganhos. “Mas a assessoria jurídica é indispensável.”

Já apartamentos na planta necessitam de análise da incorporação do imóvel, além de observação sobre a solidez da construtora e a qualidade construtiva, que pode ser verificada pelo tipo de acabamento utilizado. “É muito importante ainda saber em que segmento se quer investir (luxo, classe média ou imóveis para baixa renda), pois para cada um desses públicos há um tempo de retorno, valorização, potencial de crescimento etc.”

No caso dos imóveis comerciais, a assessoria jurídica também é indispensável e o valor do aluguel a ser obtido com ele tem relação direta com o sucesso do investimento, assim como o valor do condomínio. “Ainda que se compre pensando em vender, o imóvel comercial terá valor de venda atrelado ao valor de aluguel proporcionado”, diz o advogado.

Na hora de alugar o imóvel, é preciso ter cuidado na escolha do inquilino, para evitar prejuízos. “O imóvel comercial pode ter depreciação dependendo de como é utilizado. Determinadas atividades podem acabar mais com ele e, se for sala, é bom ficar atento ao valor do condomínio”, alerta Pacífico.

Em todos esses tipos de investimentos, apesar de serem mercados distintos, há uma estagnação em relação ao preço, segundo o advogado. “Assim, quem compra hoje o imóvel deve ficar atento a propostas milagrosas de valorização feitas por alguns corretores, principalmente se fundamentadas no boom imobiliário iniciado em 2009. Ganhos passados não garantem ganhos futuros.”

Pacífico comenta que, atualmente, a valorização poderá ocorrer em determinadas regiões. Por isso, o investidor deve observar o potencial de crescimento do bairro, da localização do imóvel. “Empreendimentos como shoppings, hospitais, bancos e escolas podem valorizar uma região. Obras públicas também costumam elevar o preço do imóvel”, indica.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Quanto vale o preço do metro quadrado

Diário de Pernambuco -

Você tem ideia do valor médio de um apartamento lançado no Brasil? O tema é complexo, até por que definir um custo real depende de algumas variáveis, como número de cômodos, área ou localidade, entre outras. Mas o preço médio, a nível nacional, é em torno de R$ 316 mil, o equivalente a R$ 4.630 por metro quadrado. 

A constatação é do Anuário do Mercado Imobiliário Brasileiro 2011, desenvolvido pela área de inteligência de mercado da Lopes Immobilis, uma das imobiliárias mais atuantes do país. O estudo, divulgado recentemente elaborou um panorama sobre os valores e concluiu, entre outros pontos, que o Brasil recebeu lançamentos na ordem de R$ 86 bilhões.

Anuário do Mercado Imobiliário Brasileiro 2011, da Lopes Immobilis, avaliou preço do metro quadrado em sete cidades brasileiras (Júlio Jacobina/DP/DA Press)
Anuário do Mercado Imobiliário Brasileiro 2011, da Lopes Immobilis, avaliou preço do metro quadrado em sete cidades brasileiras

















Segundo estudo, 84% do Valor Geral de Vendas (VGV) total lançado, o equivalente a R$ 72 bilhões, correspondeu a 1.345 empreendimentos, 2.990 torres e 213.782 unidades. O relatório compreendeu 61 municípios em sete cidades satélites, incluindo o Recife. Umas das conclusões sobre a capital pernambucana, segundo a Lopes, chama atenção.

Pela análise, o tamanho do mercado de lançamentos no Recife (R$ 778 milhões) se compara às regiões de Florianópolis (R$ 899 milhões) e Campinas (R$ 918 milhões). "Nos últimos dois anos, o mercado imobiliário cresceu bastante e o valor do metro quadrado poderia ser ainda maior. Mas o surgimento de condomínios fechados fez com que os valores se mantivessem no atual patamar", pontuou Ricardo Bezerra, diretor executivo da corretora Lopes Immobilis.

Segundo Bezerra, comparado a Fortaleza (CE), o valor atual do metro quadrado está equiparado no Recife. Comprar um apartamento de 50 a 70 metros quadrados na capital pernambucana custa, em média, R$ 303 mil, o que equivale a R$ 4.630 por metro quadrado. Na média nacional, segundo a análise, cada metro quadrado nestas dimensões custa R$ 4 mil.

Na avaliação regional, o Anuário constatou que os bairros da Madalena, Encruzilhada e Boa Viagem lideraram a preferência na escolha dos imóveis pelos consumidores, onde o valor do metro quadrado variou entre R$ 3,6 mil e R$ 4,9 mil. "Obviamente que em algumas localidades de Boa Viagem, por exemplo, este valor pode atingir até R$ 10 mil, ainda mais se levarmos em consideração o tamanho dos imóveis e o tipo de empreendimento", finalizou Bezerra.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Construção civil: indicador do nível da atividade registra crescimento em março

InfoMoney -

 
construtorSÃO PAULO – O nível de atividade da construção civil apresentou crescimento em março, na comparação com fevereiro, segundo a Sondagem da Construção Civil realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil), federações de indústria e sindicatos da construção civil e divulgada nesta quinta-feira (26).

O indicador do nível de atividade marcou 51,5 pontos, o que representa uma alta de 2,1 pontos frente ao segundo mês de 2011.

Nas grandes e médias empresas, o nível de atividade chegou a 53,6 pontos e 49,8 pontos, respectivamente, enquanto nas pequenas ficou em 48,5 pontos. Vale lembrar que indicadores acima de 50 pontos indicam crescimento e abaixo deste patamar, queda.

Na medição do nível de atividade efetivo em relação ao usual, o índice foi de 48,5 pontos em março. Como o indicador está abaixo dos 50 pontos, isso denota que o setor está desaquecido. As médias empresas apresentaram indicador de 50,6 pontos. Nas pequenas e grandes, foram registrados 47,4 pontos e 47,7 pontos, respectivamente.

Expectativas
Com relação às expectativas para o futuro, a perspectiva de nível de atividade é de 60,3 pontos para abril, índice 1,6 ponto menor do que o que era esperado para março. O indicador varia de 0 a 100 pontos e valores acima de 50 pontos representam expectativa positiva dos empresários.

O otimismo é maior entre os empresários das grandes empresas, cujo indicador ficou em 62,1 pontos, seguidos pelos das médias empresas, com 58,6 pontos, e das pequenas, com 57,8 pontos.

Novos empreendimentos e serviços
Em relação aos novos empreendimentos e serviços, os empresários tiveram diminuição do otimismo, com o indicador marcando 60,5 pontos em abril, contra 61,1 pontos um mês antes. As empresas de grande porte são novamente as mais confiantes (61,7 pontos), enquanto as médias e pequenas registraram 60,6 e 56,9 pontos, respectivamente.

Quanto ao índice de compras de insumos e matérias-primas, ele passou de 62 pontos em março para 58,8 pontos em abril. As grandes empresas se destacam na expectativa de compra de insumos, com este indicador chegando a 59,8 pontos. As médias empresas marcaram 57,9 pontos e as pequenas, 57,7 pontos.

Em Miami, apartamento com garagem na sala


Estadão - 

Unidade em prédio com elevador para carros custará até R$ 27 milhões 

carro na sala SÃO PAULO - Os brasileiros viraram alvo não só de empreendimentos imobiliários de luxo no exterior, mas também daqueles que oferecem requintes de excentricidade. Amanhã será apresentado em São Paulo, em primeira mão no mundo, num evento fechado para 300 convidados, um condomínio de luxo em Miami, nos Estados Unidos, no qual será possível estacionar o automóvel dentro do apartamento.

O veículo será conduzido ao andar do apartamento pelo motorista, que não precisa sair do carro, por meio de um elevador, que sobe na mesma velocidade de um elevador comum. E o proprietário poderá admirar o carrão, que terá um local reservado e envidraçado ao lado da sala de estar, com espaço para dois veículos.

"Percebemos que o brasileiro é um grande cliente do mercado imobiliário americano, principalmente nas cidades Miami, Orlando e Nova York. Ele gasta com imóveis 20% a mais do que outros compradores estrangeiros", afirma Cristiano Piquet, sócio da Piquet Realty, empresa especializada na prestação de serviços a brasileiros em Miami. Ele está encarregado de fazer o pré-lançamento do edifício no País e os interessados podem fazer uma pré-reserva de uma unidade no prédio que só será lançado em julho.

Batizado de Porsche Design Tower, o edifício terá 57 andares e somente 132 apartamentos. O menor apartamento, de 400 metros quadrados sai por R$ 5,4 milhões. O maior, com 1,5 mil metros quadros, custará o equivalente a R$ 27 milhões. Nas contas de Piquet, o preço do metro quadrado é R$ 13,5mil. "É mais barato do que na Vila Nova Conceição ( bairro Paulistano de lato padrão)", compara.

Porsche. O edifício localizado, na praia de Sunny Isle, uma das melhores da cidade, segundo Piquet, começa a ser construído no fim deste ano e entregue em 2016. Nele, os empreendedores, que são o construtor Gil Dezer e a Porsche Design, vão investir perto de US$ 600 milhões para erguer o prédio. Piquet conta que é a primeira vez empresa alemã Porsche, sinônimo de carros de luxo, vai trazer para o setor imobiliário a sua marca. "A tecnologia dos dois elevadores usados no edifício será a mesma que a montadora utiliza para estocar os carros em prédio verticais na Alemanha", explica o executivo.

A expectativa de Piquet é que metade dos apartamentos sejam pré-reservados para compra no evento de amanhã. "Convidei para o evento todos os 50 pilotos da fórmula Porsche no Brasil, entre os quais estão grandes empresários, e eles se mostraram interessados", conta.

Além do requinte da garagem dentro do apartamento, as unidades terão pé direito com sete metros de altura, vista panorâmica e adega envidraçada no lobby do edifício. Segundo Piquet, cada condômino terá a sua chave e poderá apreciar o estoque de bebidas do vizinho.

O executivo conta que no evento de amanhã também serão apresentados dois outros empreendimentos que já foram lançados. Um deles é um resort de casas e terrenos dentro da Disney. O outro é um condomínio no Soho, em Nova York, do Donald Trump.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Caixa vai reduzir juros para financiamento imobiliário

Diário do Grande ABC -

 
A Caixa Econômica Federal anunciou ontem que irá reduzir mais uma taxa de juros, desta vez o foco será o crédito imobiliário. A instituição financeira, que informará hoje qual será o percentual de diminuição dos juros, oferece uma das taxas mais baixas do mercado para esta modalidade de empréstimo. Para os clientes que compram imóvel por meio SFH (Sistema Financeiro de Habitação) a taxa de juros hoje varia entre 8,9% e 10% ao ano.

Há expectativa também de redução nas taxas cobradas pelos imóveis financiados pelo Minha Casa, Minha Vida, programa do governo federal. O percentual cobrado varia de acordo com a renda salarial, mas que fica entre 5,12% a 8,47%. A instituição, no entanto, não confirma queda nesta modalidade.

AÇÕES - A Caixa está com estratégias agressivas com o objetivo de ganhar mercado nos próximos anos. Depois dos cortes nas taxas de juros, o banco anunciou na segunda-feira linha de financiamento para a compra de eletrodomésticos da linha branca e móveis para os inscritos no Minha Casa, Minha Vida. Hoje a instituição ocupa a quarta posição no ranking dos 50 maiores bancos brasileiros, de acordo com o BC (Banco Central). Itaú, Banco do Brasil e Bradesco lideram

A hora e a vez do teto rebaixado

VivaReal -

 
Falar em teto rebaixado hoje em dia já faz parte do contexto e dos projetos das casas modernas. Um item indispensável para quem procura um toque de sofisticação em ambientes antes muito quadrados e vazios.

O teto rebaixado, geralmente fabricado de gesso e placas acartonadas, além de todo o diferencial estético, também auxilia na propagação acústica dos ambientes e impede que imperfeições das construções fiquem à vista.

Para quem pretende investir em um projeto de teto rebaixado em seus cômodos, vale a pena pensar também em um projeto especial de iluminação que acompanhe as formas e vazamentos do rebaixamento do teto. No Brasil, o teto rebaixado é mais comum nos ambientes como as salas de estar e de jantar, mas é cada vez mais frequente a inserção da prática de rebaixar o teto nas cozinhas, nos quartos e inclusive nos banheiros.

Orçamento

No orçamento final do projeto de sua casa, a inserção do rebaixamento de teto terá uma diferença significativa, porém, o gasto inicial com esta técnica será o único em todo o período de existência de sua casa. Para a manutenção, basta limpá-lo periodicamente e sempre inseri-lo nos projetos de pintura dos ambientes da casa.

Confira algumas imagens:







Isole o barulho da rua dentro de casa

IG -

Mudanças simples como usar tecidos grossos, tapetes e cortinas podem garantir ambientes antirruídos


São Paulo - Quando se trata de não deixar o barulho da rua entrar em casa, muitas pessoas logo se veem gastando fortunas com revestimentos acústicos. Mas nem sempre esta é a única alternativa possível. Algumas soluções práticas como apostar em tecidos macios, felpudos, fibrosos e flexíveis, como veludo e algodão, em cortinas, tapetes e estofados podem ajudar a abafar o ruído e reduzir o problema.

Diante disso, é preciso lembrar que cortinas feitas com tecidos leves como seda e voile não são indicadas para locais barulhentos. Assim como sofás de couro, mesas de vidro e móveis com revestimento laminado ou madeira envernizada, que possuem superfícies muito lisas e “refletem” o som, promovendo sua reverberação.


Arquitetura em madeira promove o conforto e o isolamento acústico do espaço | Foto: Divulgação

“Em acústica é preciso garantir o isolamento e a absorção interna do som. As saídas práticas, neste quesito, são fundamentais para impedir que o barulho que entrou não se espalhe para todos os ambientes”, afirma Cecilia Muller, professora do curso de design de interiores do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

Outro material que ajuda a absorver o barulho é a madeira maciça. Com alto índice de absorção de impacto, ela é uma das melhores escolhas para combater o ruído e pode ser usada em portas, janelas e no próprio piso.

“Espalhar painéis de madeira em paredes que tenham grande ‘vazamento’ de som (ou seja, aquelas que dão para a rua ou são grudadas no imóvel ao lado) também ajuda muito a diminuir o barulho”, diz Maria Lúcia Goulart, professora do curso técnico em design de interiores do Senac São Paulo.

Jardim vertical

Outra solução interessante é montar um jardim vertical na fachada da casa (ou próximo à parede cujo “vazamento” de som é mais forte), uma vez que as plantas conseguem atuar como barreira acústica.

Na hora de escolher o piso, o ideal é colocar materiais “duros” como pedras (mármore e granito) ou ainda modelos em vinil, cerâmica e, claro, os famosos tacos de madeira. Outra saída é investir em carpetes, que oferecem uma barreira à propagação do barulho.

Já nas paredes, os charmosos papéis de parede (e até os revestimentos em tecido) assumem características funcionais, além de estéticas, conseguindo absorver parte do ruído.

Para esquadrias, nada melhor do que evitar a escolha de metais, já que não oferecem boa absorção. Ainda sim, quem tiver janelas de alumínio, e não quiser gastar muito com vidros antirruídos, poderá emborrachar as esquadrias para aumentar sua capacidade de isolamento. No caso de portões, os modelos mais indicados são aqueles que não apresentem aberturas.

“O portão é uma barreira acústica que precisa ser feito com materiais espessos e sem frestas. Caso seja metálico, deve ter um recheio absorvente”, afirma Cecilia.

Reportagem de Bruna Bessi, do iG