quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Último quadrimestre será positivo para o setor imobiliário, diz especialista
Cofeci regulamenta avaliação imobiliária pelo corretor de imóveis
De acordo com Márcio Almeida, essa nova área de trabalho exige aptidão e preparo profissional. “Os corretores interessados em ingressar nessa atividade precisarão de estudo e dedicação para produzir laudos de qualidade, evitando assim contestação judicial”, afirma o presidente do Creci-MG.
Fonte: Creci-MG
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Casa própria já não é só sonho: 75% no Brasil são donos do imóvel onde vivem
O número de domicílios próprios representa 45,8 milhões de residências do total de 61 milhões de domicílios identificados pela pesquisa. Entre 2009 e 2011, mais 2,7 milhões de domicílios próprios foram comprados. Parte disso pode ser explicado pela melhoria da economia e nas concessões de crédito e por projetos governamentais, como o "Minha Casa, Minha Vida".
"Os juros baixos foram um grande incentivo para eu comprar o imóvel. Não queria investir em algo sem retorno. Com o valor que usaria no aluguel preferi pagar a parcela do apartamento", contou Ana Paula.
A maior proporção de residências próprias foi identificada na Região Norte, onde 78,5% são próprios, e a menor no Centro-Oeste, que tem 65,6%.
Mesmo no Sudeste, região do eixo- Rio-São Paulo com imóveis com preço mais alto (R$ 4.656 e R$ 6.030 o metro quadrado, respectivamente) que a média do País, os domicílios próprios passaram de 71,8% para 73,4%, em acréscimo de 1,2 milhão de unidades em dois anos.
O iG já mostrou o crescimento mesmo não havendo sinal de queda no preço dos imóveis , que continuavam em tendência de alta no fim de 2011, em tendência que vinha desde 2009. Rio de Janeiro e Recife apresentavam as principais altas, chegando o preço de apartamentos novos a variar 18% e usados 20%, entre abril e outubro de 2011.
Imóvel próprio ainda é desejo de muitos
Como nem todos ainda têm seu próprio imóvel, esse sonho continua vivo para muitos.
A babá Mônica Neves Oliveira, 35, mora de aluguel, como os habitantes de 17,3% dos domicílios. Ela ainda não faz parte dessa maioria de moradores de domicílios e ainda não tem imóvel próprio. “Mas é o meu objetivo principal. Espero conseguir comprar um, financiado, em cinco anos. ”
Ela paga aluguel e mora em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Nos dias de folga, divide o tempo entre Caxias e Jaconé, em Maricá, onde fica na casa dos pais, que também têm domicílio na Baixada.
No período entre 2009 e 2011, caiu o percentual de domicílios “cedidos” no Brasil. Esse tipo de habitação representava 8,9% do total e passou a 7,5%.
Como no caso dos que vivem “de aluguel”, muitos desses ainda desejam a casa própria. É o caso da assistente administrativa Erica Silva, 32, que mora em uma casa em nome de seu pai, no mesmo terreno de outros três imóveis dos pais, em Bangu, zona oeste do Rio. Sua residência é uma das 4,6 milhões (7,5% do total) no País cedidas.
Embora viva bem ali e não precise pagar aluguel – só as contas de luz e água –, ela pretende comprar um imóvel próprio, no futuro, em busca de independência. “Quero ser independente e viver no meu canto. Hoje minha mãe me ajuda muito com minha filha de 8 anos e ainda não tenho como pagar um imóvel”, explicou.
Por: Raphael Gomide
Cofeci regulamenta propaganda para Corretores e Imobiliárias
Esta resolução padroniza as propagandas em âmbito nacional e veda o uso público de nome fantasia pela pessoa física, exceto aqueles Corretores de Imóveis que obtiverem o CRECI Jurídico.
Publicidade não deve confundir o consumidor
Nos casos de publicidade envolvendo pessoa jurídica, o nome fantasia deve estar precedido da sigla CRECI, mais o número de inscrição seguido da letra “J”. O tamanho mínimo do nome, da razão social ou do nome fantasia a ser utilizado pela pessoa jurídica deverá obedecer ao mesmo critério usado para pessoa física, ou seja, 25%.
O registro prévio junto ao conselho do nome a ser mencionado nas propagandas é condição essencial para a sua utilização e não poderá ser igual ou semelhante a outro já registrado. Estes procedimentos evitam que o consumidor seja confundido.
Em qualquer dos casos, a sigla CRECI e o número de inscrição deverão ter o tamanho mínimo de 25% da maior expressão da publicidade.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Venda generalizada de imóveis sem registro causa problemas para consumidores
Se o consumidor quiser regularizar a situação depois de ter comprado o imóvel sem registro, terá de procurar o poder judiciário para solicitar um documento de propriedade. Um das formas é por meio do usucapião. Trata-se do direito que um cidadão adquire, relativo à posse de um bem móvel ou imóvel, em decorrência do uso deste por um determinado tempo. “O consumidor pode ajuizar uma ação de usucapião e, assim, provar que tem posse em razão do tempo de habitação. Dessa forma, ele poderá registrar o imóvel”, completou Thereza.
Como regularizar
O procedimento é basicamente feito no cartório de registro de imóveis e na prefeitura. Se o imóvel que o consumidor tem interesse já for regularizado, é preciso apenas que o registro seja repassado para o nome de quem tem interesse. É preciso levar as cópias autenticadas do CPF e identidade do comprador e do vendedor, além da certidão de feitos ajuizados, que conste que o vendedor não tem pendências na Justiça. O documento é retirado no fórum, na Justiça Federal ou do Trabalho.
Depois disso, é preciso ir até o Departamento de Cadastro Imobiliário para pagar o Imposto de Transmissão sobre Bens e Imóveis (ITBI). Após o pagamento, é preciso voltar ao cartório para assinar a escritura do imóvel. Em seguida, o cartório vai marcar um data para a retirada definitiva do registro.
Reveja reportagem exibida durante o ABTV 2ª edição desta quarta-feira (19)
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Senado aprova PL que torna corretor de imóveis empreendedor individual
O Brasil possui, atualmente, mais de quatro centenas de profissões que fazem parte do Microempreendedor Individual. Em abril, menos de dois anos depois da legislação entrar em vigor, o país atingiu a marca de um milhão de empreendedores individuais.
Agora o Corretor de Imóveis também poderá fazer parte desse rol decontemplados, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou, esta semana, o projeto de lei complementar (PLS 90/10) do senador Fernando Collor (PTB-AL) que inclui além dos corretores, os escritórios de engenharia e arquitetura, os prestadores de serviços nas áreas de desenho industrial, design de interiores e transporte turístico.
Na avaliação do senador Cyro Miranda, relator da proposta na CAE, a medida faz justiça a atividades que exigem conhecimentos técnicos específicos e, por isso, precisam ser valorizadas e profissionalizadas.
O Microempreendedor Individual tem uma série de benefícios, como o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Além de ser enquadrado no Simples Nacional, ele também recolhe à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias são atualizadas, anualmente, de acordo com o salário mínimo. Com essas contribuições, o Empreendedor Individual tem acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.
Segundo Ovídio Maia, vice-presidente do Sindicato da Habitação do Distrito Federal (SECOVI/DF), o projeto é o ponta pé inicial para o empresário do futuro.
O SECOVI/DF cita alguns pontos importantes que irão favorecer o Corretor de Imóveis na categoria de Empreendedor Individual:
1 - a proposta traz um amparo legal para aqueles que estão iniciando na profissão;
2 - traz estabilidade para a categoria autônoma de financiar a casa própria, já que possuirão comprovante de renda;
3 - não há renúncia fiscal, porque o profissional cumprirá com suas obrigações fiscais e tributárias dentro da lei;
4 - o profissional conseguirá se estabelecer legalmente como empreendedor individual, sem burocracia.
A matéria segue, agora, para votação no Plenário do Senado, em regime de urgência, conforme requerimento do senador Gim Argello (PTB-DF).
Fonte: SECOVI
Na avaliação do senador Cyro Miranda, relator da proposta na CAE, a medida faz justiça a atividades que exigem conhecimentos técnicos específicos e, por isso, precisam ser valorizadas e profissionalizadas.
1 - a proposta traz um amparo legal para aqueles que estão iniciando na profissão;
2 - traz estabilidade para a categoria autônoma de financiar a casa própria, já que possuirão comprovante de renda;
3 - não há renúncia fiscal, porque o profissional cumprirá com suas obrigações fiscais e tributárias dentro da lei;
4 - o profissional conseguirá se estabelecer legalmente como empreendedor individual, sem burocracia.
A matéria segue, agora, para votação no Plenário do Senado, em regime de urgência, conforme requerimento do senador Gim Argello (PTB-DF).
Fonte: SECOVI
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
A nova geração de corretores
Outra preocupação da empresa é no preparo daqueles que não têm experiência mas demonstram interesse na profissão. “Hoje recebemos pessoas que nunca trabalharam na área. Com eles, temos um cuidado específico de preparar para o mercado, promovendo palestras e oferecendo a universidade que treina e capacita. Nossa preocupação é formar pessoas com interesse e determinação necessários”, alerta. Além disso, a diretora ressalta: “O sucesso no setor está no interesse, na boa vontade e na garra”.
Mulheres conquistam espaço no mercado
A chegada das mulheres no ramo da construção civil se deu de maneira bastante eficaz. De acordo com levantamento realizado pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) e pelo Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Distrito Federal (Creci-DF), a mão de obra feminina já representa cerca de 32,7% dos 260 mil profissionais em atividade no país. Para João Teodoro, daqui aproximadamente 10 anos esse número será igual ou maior que o de homens.
Daniela Demartini conta que a chegada das mulheres foi bastante relevante para as instituições da construção civil. “Podemos dizer que o diferencial ocorreu de uns sete anos para cá. Desde esse período elas realmente começaram a competir de verdade com os homens no que diz respeito a resultados. Nosso quadro de corretores é 46% formado por mulheres”, contabiliza.
A bacharel em direito Marcela Arruda abriu mão da carreira jurídica para entrar no setor da corretagem. Ela conta que o fato de ser mulher não atrapalhou na profissão. “O sucesso só vem com muita dedicação e trabalho. Depende só de você”, recomenda. Daniela Demartini, por sua vez, percebeu que homens e mulheres estavam em um número nivelado. A diferença foi no desenvolvimento do trabalho da mulher que se profissionalizou mais, sendo mais organizada e dedicada, e por isso conseguindo alcançar melhores resultados figurando sempre entre os campeões. “Acredito que a mulher consiga se destacar por ser mais dedicada. Nós nos atemos muito mais aos detalhes e isso faz total diferença na hora de vender um imóvel”, pondera.
Alcançado o sucesso profissional, ela garante que a carreira escolhida lhe trouxe benefícios e satisfação. “Foi no mercado imobiliário que fiz minha estabilidade financeira. Tenho um padrão excelente de vida, carro novo, viagens, tudo proporcionado pelo meu trabalho”, conta, satisfeita. Além disso, Marcela foi promovida devido ao bom desempenho. Está ha quatro anos à frente de uma equipe de vendas, na qual auxilia com toda a experiência para cerca de 30 corretores de imóveis.
Cenário favorece o exercício profissional
As condições mercadológicas são favoráveis para o ramo. João Teodoro, presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), lembra que, de cinco anos para cá, houve uma mudança significativa no mercado: a área tornou atraente às pessoas com qualificação. Isso fez com que aqueles descapacitados fossem em busca de preparo para não ficarem para trás. “Houve uma modificação visível nos últimos anos. Hoje a qualidade do serviço está bem maior, pois o cenário imobiliário pede isso”, observa João Teodoro.
Em 1978 foi regulamentado que, para atuar no setor, era preciso o antigo segundo grau completo, hoje chamado de ensino médio. A meta era fazer com que em cinco ou seis anos fosse exigido um curso superior para todos os profissionais da área. A chegada de pessoas jovens também é notável na profissão. Há 15 anos, a idade média desses profissionais era de 51 anos. Hoje, a faixa etária é de 35. Teodoro destaca que os jovens são mais aceitos na tecnologia, o que consequentemente muda o perfil de atuação do profissional.
Por: NATALIA RABELO
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Imóvel na Planta: Bom ou Mau Negócio?
· Exija documentação do empreendimento registrado em cartório, todas as incorporadoras precisam registrar um conjunto de documentos que inclui o terreno onde será construído o prédio, o projeto aprovado pela prefeitura, entre outros.
· Registre a compra do imóvel em cartório, tornando-a oficial.
A TOTAL atua há dez anos na região do Vale do Paraíba e se destaca desde sua fundação pela qualidade de suas obras, cumprimento de prazos e rentabilidade. Em sua carteira, mais de 750 unidades entregues e atualmente 230 em construção. A credibilidade da empresa é comprovada pelos certificados ISO 9001, e PBQP-H Nível A.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Comportamento profissional do corretor de imóveis
Dessa forma, “pode-se perceber que a atuação do corretor de imóveis é essencial para o mercado imobiliário e, ainda, para a economia, a sociologia, a história, a arquitetura e o urbanismo, as relações humanas e diversas outras ciências que impactam na dinâmica social”, afirma Fernando de Magalhães Júnior, professor do curso Capacitação de Corretor de Imóveis, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Assim percebemos o quão importante é o papel desse profissional, pois ele irá atender aos anseios e às expectativas da clientela que possui um perfil bastante diversificado, com características ecléticas e específicas. Além disso, deve ter preparo técnico suficiente para enfrentar a concorrência acirrada do mercado imobiliário.
A capacitação profissional exigida para que você possa desempenhar a função de corretor de imóveis de forma eficiente abrange:
- Conhecimentos sólidos a respeito do mercado imobiliário e dos diversos segmentos da clientela;
- Entendimento de finanças e de investimentos;
- Noções de arquitetura e engenharia e conhecimentos adequados para fazer a avaliação de imóveis;
- Trabalho com ética profissional, no atendimento dos clientes e no relacionamento com os colegas;
- Competência para explorar as estratégias de marketing para concretização das transações imobiliárias;
- Compreensão de dinâmica do mercado imobiliário, entre outros aspectos.
Comportamento
Uma característica indispensável ao sucesso do corretor de imóveis é a sua atuação fundamentada nos princípios da ética profissional. Como resultado de um comportamento ético, temos o relacionamento saudável entre as pessoas, a confiança mútua e o bem-estar social.
Do ponto de vista profissional, podemos dizer que as atitudes comportamentais do corretor de imóveis devem ser:
- Honestidade;
- Lealdade;
- Rendimento elevado;
- Respeito à dignidade humana;
- Sigilo profissional;
- Respeito às normas e obediência às condições preestabelecidas, entre outras.
Além disso, algumas atitudes são consideradas imprescindíveis para desempenhar um comportamento profissionalmente ético, tais como: agir com transparência; adotar conduta profissional exemplar, podendo servir de referência a outros profissionais; e respeitar seus colegas de trabalho. Por exemplo, não interferir em negociações já desenvolvidas por outro corretor de imóveis.
Por Andréa Oliveira
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Comissão proíbe compra de imóveis rurais por ONG estrangeiras
Fonte: DCI
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Lei obriga cartórios a incluir número de CRECI e o nome do corretor nas escrituras
Lei obriga cartórios da Paraíba a incluir número de CRECI e o nome do corretor responsável nas escrituras
A nova determinação está valendo desde o dia 16 de junho de 2012. A Lei n° 9.807, de autoria do Deputado Estadual Caio Roberto (PR) dispõe sobre a obrigatoriedade dos cartórios sediados no Estado da Paraíba incluir nas escrituras públicas o nome e a inscrição no Conselho Regional de corretoresde imóveis (CRECI) da pessoa física ou jurídica responsável pela intermediação de negócios imobiliários e dá outras providências.
Esta lei é um avanço pois facilita o trabalho do corretor de imóveis que acompanhadas de outras medidas trará mas profissionalismo para a carreira e ajudara o corretor de imóveis a investir em seu aperfeiçoamento com a garantia de que seu trabalho realmente será respeitado.
Confira a lei na íntegra:
O Presidente da Assembléia legislativa do Estado da Paraíba
Faz saber que a Assembléia Legislativa decreta, e eu, em razão da sanção tácita, nos termos § 3° c/c o § 7° do art. 65, da Constituição estadual, Promulgo a seguinte Lei:
Art. 1° Ficam os cartórios sediados no Estado da Paraíba, obrigados a incluir nas Escrituras públicas a serem lavradas, o nome e o número do CRECI da pessoa física ou jurídica responsável pela intermediação de negócios imobiliários.
Art. 2° Caso não tenha havido intermediação de pessoa física ou jurídica, este fato deve constar na lavratura da escritura pública.
Art. 3° Em caso de descumprimento a presente Lei, ficam os cartórios obrigados a pagar multa no valor de 1.000 (um mil) UFR-PB (Unidade Fiscal de Referência da Paraíba).
Art. 4° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5° Revogam-se as disposições em contrário.
Ricardo Marcelo
Presidente
Confira a lei na íntegra:
O Presidente da Assembléia legislativa do Estado da Paraíba
Faz saber que a Assembléia Legislativa decreta, e eu, em razão da sanção tácita, nos termos § 3° c/c o § 7° do art. 65, da Constituição estadual, Promulgo a seguinte Lei:
Art. 2° Caso não tenha havido intermediação de pessoa física ou jurídica, este fato deve constar na lavratura da escritura pública.
Art. 4° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5° Revogam-se as disposições em contrário.
Ricardo Marcelo
Presidente
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Como baratear o financiamento da sua casa
Consultor financeiro Gustavo Cerbasi e especialista em crédito imobiliário Marcelo Prata dizem o que levar em conta para deixar o financiamento mais leve para o bolso
Ao se tornar sócio da consultoria de financiamentos imobiliários Canal do Crédito, o guru Gustavo Cerbasi pretende pôr em prática um programa de educação financeira para quem vai financiar o seu imóvel. Nas oito dicas abaixo, o consultor financeiro e o presidente da consultoria, Marcelo Prata, mostram quais despesas comumente esquecidas devem ser postas na ponta do lápis para quem está de mudança para uma casa financiada e como tornar essa longa e pesada dívida mais barata e justa no orçamento.
1. Ao se mudar para um bairro mais caro, calcule um aumento de 15% a 20% nos gastos
Mudar-se para um bairro mais nobre implica maiores gastos na padaria, supermercado e escola. “Na dúvida entre dois imóveis, é melhor optar pelo que tem valor de 15% a 20% mais baixo, porque esta parcela normalmente é o que é destinado ao novo custo de vida no local”, diz Cerbasi. “É a mesma coisa que ocorre quando você compra um DVD Blu-Ray que, além de ser mais caro que o normal, envolve a compra dos discos Blu-Ray, que são mais caros que os outros”, comenta.
Cerbasi também diz que muitas dívidas com financiamentos ocorrem quando o proprietário calcula o gasto mensal com as parcelas e se esquece de calcular os gastos agregados, como o novo custo de vida, a manutenção do imóvel, as contas de energia, gás, IPTU, reformas e principalmente gastos variáveis, com lazer. “O financiamento do imóvel está previsto, mas não se prevê o gasto com cinema, restaurante e aí este gasto é passado para o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito, levando a dívidas”, explica.
2. Considere que taxas e impostos correspondem a 4% do valor financiado
Segundo Marcelo Prata, sócio e fundador do Canal do Crédito, cerca de 4% do valor do imóvel é usado para pagar apenas taxas e impostos. “Eu já vi algumas pessoas chegarem na hora da compra sem saber que estes gastos estavam envolvidos”, diz Prata.
Basicamente, os gastos envolvidos são: ITBI (Imposto sobre transmissão de bens imóveis), que varia de acordo com a cidade, mas gira em torno de 2% do valor total do imóvel; taxas cartorárias, que ficam em torno de 1% do valor do imóvel e oscilam de acordo com o valor da propriedade e da localização; e as taxas de análise jurídica, cobradas pelos bancos na hora de contratar o financiamento, que também podem variar em torno de 1% do valor total.
3. Não comprometa mais que 30% da renda
Cerbasi recomenda que sejam comprometidos, no máximo, de 25% a 30% da renda mensal em um financiamento. Para não cair na tentação de fazer um financiamento mais caro e depois não conseguir arcar com os custos, o consultor diz que o segredo é inverter a ordem das escolhas. Ou seja, em vez de buscar os imóveis e fazer a escolha baseada nos preços, é importante ter todos os gastos previstos em mente e a capacidade de comprometimento com o financiamento para depois avaliar as opções de compra.
Segundo Cerbasi, pode ser muito melhor morar em uma casa aquém do desejado, mas onde se tenha uma capacidade de gastos maior no dia a dia. “Do que adianta viver em uma casa grande, mas na monotonia?”, pondera.
4. Prefira os menores prazos: 15 anos para imóveis novos e sete anos para usados
Cerbasi ressalta que os prazos ideais de financiamento seriam de 15 anos para um imóvel novo e sete anos para um imóvel usado, uma vez que, depois destes prazos, provavelmente o proprietário terá que arcar com custos de reforma. Se o financiamento não estiver quitado então, os gastos somados podem pesar demais no orçamento.
Cerbasi afirma que o melhor é sempre fazer o financiamento no menor prazo possível. “Nós conseguimos dominar a segurança financeira no prazo curto, mas em 30 anos, por exemplo, é muito mais difícil prever as condições que o comprador terá para pagar o financiamento. Entre um financiamento de 30 anos e 25 anos, prefira o de 25 anos”, diz.
5. Recém-casados: esperem cinco anos para comprar um imóvel
Cerbasi explica que o financiamento deixa o casal exposto a diversas limitações de renda, de oportunidades de emprego e de mobilidade. Por isso, o ideal é que eles só comprem o imóvel depois de cinco anos de casados. “Para recém-casados a renda ainda é muito instável e limitada. Por isso, muitos jovens ainda querem mudar de emprego. Um aluguel, como um elemento de flexibilidade, é oportuno, e poder se mudar para ficar perto do trabalho, por exemplo, ajuda a economizar no transporte. Depois de comprar uma casa diminuem as chances de se conseguir um emprego para morar longe", diz.
Ele sugere que os recém-casados aluguem uma quitinete, por exemplo, enquanto poupam o valor para a compra do apartamento antes de entrar em um financiamento. Ele ressalta, no entanto, que se o valor pago pelo aluguel for superior ao de um financiamento, vale considerar se o investimento vale a pena, mesmo com todos os comprometimentos que a decisão pode gerar.
6. Prefira taxas pós-fixadas
Com as quedas nos juros, as taxas pós-fixadas e a tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) se tornam a melhor opção para o mutuário. Na tabela SAC, são pagas parcelas mais altas no início e o valor cai conforme a dívida é amortizada. O valor do pagamento da dívida permanece constante, enquanto o valor correspondente ao pagamento de juros diminui progressivamente.
A conjuntura atual, de mudanças na economia, se mostra favorável para o comprador ter maior fôlego para arcar com parcelas mais altas no início dos pagamentos.
Cerbasi acredita também que a tendência das quedas nas taxas deve se manter, favorecendo taxas pós-fixadas. “Os juros devem cair ainda e as taxas prefixadas podem ficar muito caras diante de taxas mais baixas ”, explica. As taxas prefixadas são definidas no início do financiamento e as pós-fixadas variam de acordo com a Taxa Referencial e índices atrelados à inflação, como IGP-M ou IPCA .
No caso da tabela Price, as parcelas são fixas. No começo do pagamento, o valor abatido do saldo devedor é muito baixo, porque a maior parte da parcela é composta pelos juros.
7. Pesquise entre os bancos as melhores condições
Com as recentes reduções nas taxas de juros, a diferença nas taxas cobradas entre um banco e outro podem ser significativas. Além de visitar diferentes agências para consultar as opções, o comprador pode fazer simulações do financiamento pela internet. Existem consultorias que oferecem esse serviço. O Canal do Crédito é uma delas, e o serviço é gratuito. Em consultorias como a Crédito Imobiliário Fácil e a Financiar Casa (antiga Sagace), o serviço é cobrado. Leia mais sobre esse tipo de serviço.
Quem quiser saber o custo médio de um financiamento imobiliário pode fazê-lo por meio de uma ferramenta disponível em EXAME.com.
8. Portabilidade só é vantajosa se a diferença de juro for de no mínimo 1,5%
As taxas menores também podem ser vantajosas para quem já tem um financiamento e quer aproveitar as taxas mais baixas de outro banco. É possível migrar a dívida por meio da chamada portabilidade de crédito. Marcelo Prata, sócio-fundador do canal do Crédito, dá uma dica que pode ajudar o mutuário a perceber de maneira simplificada se vale a pena fazer a transferência: “Se a diferença entre a taxa de um banco e outro for maior ou igual a 1,5% vale a pena fazer a portabilidade”, diz.
Se for verificada a diferença maior ou igual a 1,5%, o proprietário deve: observar a taxa de juro cobrada no atual financiamento e no financiamento cotado; calcular a diferença entre a soma das prestações que restam no banco atual e as que serão pagas se a dívida for transferida para outro banco; e por fim, deve subtrair as taxas de cartório cobrada pela alteração do financiamento, a diferença entre os custos dos seguros de cada instituição e entre as taxas de administração.
Ao fazer a portabillidade, o proprietário paga novamente as mesmas taxas cartorárias que pagou no início do financiamento, a taxa de averbação do valor declarado (pelo cancelamento do financiamento) e a de registro do novo financiamento, que variam de acordo com o valor do imóvel e com a região, podendo chegar a 1% do valor da propriedade. Assim, se os gastos com cartório forem muito altos, o valor gasto no presente pode não compensar a economia com parcelas futuras.
Por: Priscila Yazbek
Fonte: Exame
Ao se tornar sócio da consultoria de financiamentos imobiliários Canal do Crédito, o guru Gustavo Cerbasi pretende pôr em prática um programa de educação financeira para quem vai financiar o seu imóvel. Nas oito dicas abaixo, o consultor financeiro e o presidente da consultoria, Marcelo Prata, mostram quais despesas comumente esquecidas devem ser postas na ponta do lápis para quem está de mudança para uma casa financiada e como tornar essa longa e pesada dívida mais barata e justa no orçamento.
1. Ao se mudar para um bairro mais caro, calcule um aumento de 15% a 20% nos gastos
Cerbasi também diz que muitas dívidas com financiamentos ocorrem quando o proprietário calcula o gasto mensal com as parcelas e se esquece de calcular os gastos agregados, como o novo custo de vida, a manutenção do imóvel, as contas de energia, gás, IPTU, reformas e principalmente gastos variáveis, com lazer. “O financiamento do imóvel está previsto, mas não se prevê o gasto com cinema, restaurante e aí este gasto é passado para o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito, levando a dívidas”, explica.
2. Considere que taxas e impostos correspondem a 4% do valor financiado
Segundo Marcelo Prata, sócio e fundador do Canal do Crédito, cerca de 4% do valor do imóvel é usado para pagar apenas taxas e impostos. “Eu já vi algumas pessoas chegarem na hora da compra sem saber que estes gastos estavam envolvidos”, diz Prata.
Basicamente, os gastos envolvidos são: ITBI (Imposto sobre transmissão de bens imóveis), que varia de acordo com a cidade, mas gira em torno de 2% do valor total do imóvel; taxas cartorárias, que ficam em torno de 1% do valor do imóvel e oscilam de acordo com o valor da propriedade e da localização; e as taxas de análise jurídica, cobradas pelos bancos na hora de contratar o financiamento, que também podem variar em torno de 1% do valor total.
3. Não comprometa mais que 30% da renda
Cerbasi recomenda que sejam comprometidos, no máximo, de 25% a 30% da renda mensal em um financiamento. Para não cair na tentação de fazer um financiamento mais caro e depois não conseguir arcar com os custos, o consultor diz que o segredo é inverter a ordem das escolhas. Ou seja, em vez de buscar os imóveis e fazer a escolha baseada nos preços, é importante ter todos os gastos previstos em mente e a capacidade de comprometimento com o financiamento para depois avaliar as opções de compra.
Segundo Cerbasi, pode ser muito melhor morar em uma casa aquém do desejado, mas onde se tenha uma capacidade de gastos maior no dia a dia. “Do que adianta viver em uma casa grande, mas na monotonia?”, pondera.
4. Prefira os menores prazos: 15 anos para imóveis novos e sete anos para usados
Cerbasi ressalta que os prazos ideais de financiamento seriam de 15 anos para um imóvel novo e sete anos para um imóvel usado, uma vez que, depois destes prazos, provavelmente o proprietário terá que arcar com custos de reforma. Se o financiamento não estiver quitado então, os gastos somados podem pesar demais no orçamento.
Cerbasi afirma que o melhor é sempre fazer o financiamento no menor prazo possível. “Nós conseguimos dominar a segurança financeira no prazo curto, mas em 30 anos, por exemplo, é muito mais difícil prever as condições que o comprador terá para pagar o financiamento. Entre um financiamento de 30 anos e 25 anos, prefira o de 25 anos”, diz.
Ele sugere que os recém-casados aluguem uma quitinete, por exemplo, enquanto poupam o valor para a compra do apartamento antes de entrar em um financiamento. Ele ressalta, no entanto, que se o valor pago pelo aluguel for superior ao de um financiamento, vale considerar se o investimento vale a pena, mesmo com todos os comprometimentos que a decisão pode gerar.
6. Prefira taxas pós-fixadas
Com as quedas nos juros, as taxas pós-fixadas e a tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) se tornam a melhor opção para o mutuário. Na tabela SAC, são pagas parcelas mais altas no início e o valor cai conforme a dívida é amortizada. O valor do pagamento da dívida permanece constante, enquanto o valor correspondente ao pagamento de juros diminui progressivamente.
A conjuntura atual, de mudanças na economia, se mostra favorável para o comprador ter maior fôlego para arcar com parcelas mais altas no início dos pagamentos.
Cerbasi acredita também que a tendência das quedas nas taxas deve se manter, favorecendo taxas pós-fixadas. “Os juros devem cair ainda e as taxas prefixadas podem ficar muito caras diante de taxas mais baixas ”, explica. As taxas prefixadas são definidas no início do financiamento e as pós-fixadas variam de acordo com a Taxa Referencial e índices atrelados à inflação, como IGP-M ou IPCA .
No caso da tabela Price, as parcelas são fixas. No começo do pagamento, o valor abatido do saldo devedor é muito baixo, porque a maior parte da parcela é composta pelos juros.
7. Pesquise entre os bancos as melhores condições
Quem quiser saber o custo médio de um financiamento imobiliário pode fazê-lo por meio de uma ferramenta disponível em EXAME.com.
8. Portabilidade só é vantajosa se a diferença de juro for de no mínimo 1,5%
As taxas menores também podem ser vantajosas para quem já tem um financiamento e quer aproveitar as taxas mais baixas de outro banco. É possível migrar a dívida por meio da chamada portabilidade de crédito. Marcelo Prata, sócio-fundador do canal do Crédito, dá uma dica que pode ajudar o mutuário a perceber de maneira simplificada se vale a pena fazer a transferência: “Se a diferença entre a taxa de um banco e outro for maior ou igual a 1,5% vale a pena fazer a portabilidade”, diz.
Se for verificada a diferença maior ou igual a 1,5%, o proprietário deve: observar a taxa de juro cobrada no atual financiamento e no financiamento cotado; calcular a diferença entre a soma das prestações que restam no banco atual e as que serão pagas se a dívida for transferida para outro banco; e por fim, deve subtrair as taxas de cartório cobrada pela alteração do financiamento, a diferença entre os custos dos seguros de cada instituição e entre as taxas de administração.
Ao fazer a portabillidade, o proprietário paga novamente as mesmas taxas cartorárias que pagou no início do financiamento, a taxa de averbação do valor declarado (pelo cancelamento do financiamento) e a de registro do novo financiamento, que variam de acordo com o valor do imóvel e com a região, podendo chegar a 1% do valor da propriedade. Assim, se os gastos com cartório forem muito altos, o valor gasto no presente pode não compensar a economia com parcelas futuras.
Por: Priscila Yazbek
Fonte: Exame
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