quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Crédito imobiliário: operações da CEF crescem 30,5% em janeiro

InfoMoney -




SÃO PAULO - As operações de crédito imobiliário da CEF (Caixa Econômica Federal) cresceram 30,5% em janeiro de 2012, frente ao mesmo período do ano passado.

As operação totalizaram mais de R$ 12 bilhões em crédito imobiliário; em janeiro de 2011, o número chegou a R$ 8,7 bilhões.

No mês passado, a CEF aplicou na habitação R$ 2,7 bilhões de recursos da poupança, passando de 32,3% para 46,5% a sua participação no mercado imobiliário nesta modalidade. Comparado ao mesmo período de 2011, o crescimento é de 54%.

Para o vice-presidente de Atendimento Distribuição e Negócios da CEF, José Henrique Marques da Cruz, o crédito imobiliário continuará sendo um importante mecanismo de desenvolvimento, geração de emprego, renda e promoção da cidadania.

2011
No ano passado, a carteira imobiliária da CEF apresentou saldo de R$ 152,9 bilhões, com um aumento de 41,1%, frente a 2010. No total foram liberados R$ 80,1 bilhões para a habitação.

Os financiamentos somaram R$ 67,8 bilhões com crescimento de 15,7% frente a 2010. Do total de operações, as que usaram recursos da poupança somaram R$ 36,4 bilhões, enquanto que as que usaram recurso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) somaram R$ 31,3 bilhões

Com plano de US$1 bi, incorporadora desembarca no Brasil


Reuters - 

Related Brasil quer estar entre as maiores empresas no setor dentro do país

Germano Lüders/EXAME

A empresa, fundada em Miami por Pérez, e a Related Companies, criada por Stephen Ross em Nova York, estão entre as maiores incorporadoras dos EUA


São Paulo - Com o plano de investir 1 bilhão de dólares em três anos, a incorporadora Related Brasil anunciou sua chegada ao país com uma meta ambiciosa: estar entre as maiores empresas do setor neste mesmo prazo.
Criada a partir das incorporadoras norte-americanas The Related Group e Related Companies, a nova empresa começa a dar os passos iniciais em território brasileiro com a estimativa de destinar 120 milhões de dólares aos primeiros projetos, que devem ser lançados em cerca de três meses.

"A intenção é estar entre as maiores empresas (incorporadoras) em três anos", disse o presidente-executivo da Related Brasil, Daniel Citron, que foi presidente no Brasil da gestora de investimentos imobiliários de alto padrão Tishman Speyer. Entre as maiores construtoras e incorporadoras do país estão a PDG Realty e Cyrela Brazil Realty.

Segundo Citron, o aporte de 1 bilhão de dólares -formado por recursos próprios e de terceiros- deve se converter em Valor Geral de Vendas (VGV) entre três e quatro vezes maior até 2014. Este ano, a empresa deve ter de três a quatro projetos no país.

"De todas as possibilidades que olhamos, o país com maior potencial de crescimento nas próximas duas ou três décadas é o Brasil", afirmou o cubano Jorge Pérez, um dos sócios da Related Brasil.

O Related Group, fundado em Miami por Pérez, e a Related Companies, criada por Stephen Ross em Nova York, estão entre as maiores incorporadoras dos EUA, com portfólio combinado de cerca de 20 bilhões de dólares. Ross também é sócio da Related Brasil.

"Vemos (no Brasil) muitas das características encontradas nos Estados Unidos anos atrás", acrescentou. Para atingir a meta de alcançar o topo do setor, a Related considera parcerias e até mesmo aquisições.

Com posicionamento nos padrões de renda médio e alto, a nova empresa ainda não formou um banco de terrenos e está negociando áreas para empreendimentos nos segmentos residencial, comercial (venda e locação), hoteleiro e projetos de desenvolvimento urbano.

Time brasileiro

Os sócios da Related Brasil se apóiam no argumento dela ser a única incorporadora de origem totalmente norte-americana a investir no país por meio da criação de uma empresa nacional.

Com escritório sediado na região da avenida Faria Lima, em São Paulo, Citron está cuidando atualmente de compor a diretoria da companhia, que será composta por brasileiros.

"Não queremos saber mais que os brasileiros... vamos trazer conhecimento. Estamos falando com empresas aqui, queremos firmar parcerias e ser uma empresa brasileira, não apenas ter um ou dois projetos", disse Pérez.

Ele acrescentou que o grupo vem negociando parcerias em projetos com "grandes empresas" no Brasil, principalmente parcerias regionais. A Related também recorrerá a parceiros por não ter construtora própria.

Embora não descarte operar em cidades carentes de terrenos como São Paulo e Rio de Janeiro, o comando da companhia está de olho na região Nordeste.

"É mais fácil entrar onde os preços não subiram tanto, onde existe mais área disponível... o Nordeste oferece mais possibilidades", disse Citron.

Inicialmente, a Related Brasil deve ter participação pequena nas operações do grupo norte-americano, mas a fatia tende a aumentar gradualmente e se tornar parte relevante, segundo Pérez.

Embora a companhia tenha projetos isolados em outros países da América Latina, como México, Colômbia e Uruguai, o executivo ressaltou que o Brasil será "foco de atenção" do grupo agora.

"Bolha" de preços


Sob a sombra da possibilidade de formação de uma bolha imobiliária no Brasil, Pérez disse estar sempre preocupado, sobretudo se considerados os preços em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, quando comparados a Miami, por exemplo.

"A preocupação é se os preços estão altos porque a demanda é alta e se a demanda cair eles vão cair também", afirmou, ponderando que o Brasil tem a seu favor o aumento de renda da população e a migração de classes.

"Diferentemente dos EUA e da Europa, a classe com maior poder de compra está crescendo de forma muito mais forte, suportando o mercado", assinalou.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Vilarejo ocupa ilha em forma de estrela

Casa Vogue -



Em países como o Brasil, os antigos fortes militares estão concentrados no litoral, rodeados por matas, montanhas e belas praias. Na Europa, porém, as fortificações se espalham principalmente pelo interior, em paisagens que nada têm de tropical – o que não as torna menos belas. É o caso do simpático vilarejo de Naarden, no norte da Holanda, uma ilha artificial em forma de estrela que atrai milhares de turistas todos os anos.

A história desta que é uma das mais bem preservadas vilas do gênero remonta ao século 13, quando o local foi fortificado. Isso aconteceu porque Naarden ocupava uma posição estratégica, no meio do caminho que liga a capital Amsterdã ao lesta da Europa. Já a construção dos canais que definem o seu formato veio depois.



No século 17, o local foi usado pelos franceses como base para dominar os Países Baixos. Os holandeses, porém, abriram as comportas de seus canais e inundaram a maior parte do território, isolando a fortificação e, por conseqüência, os invasores. Com o fracasso da operação empreendida pela França, em 1673, nascia a Naarden que se vê até hoje.

Desde então, o local recebeu uma série de melhorias que lhe deram as feições atuais. Por conta do avanço da indústria bélica, porém, as instalações militares de Naarden foram desativadas no final do século 19. E, a partir daí, o local se tornou patrimônio arquitetônico holandês e, sem dúvida, um dos mais pitorescos destinos da Europa.

Seja um investidor, não um especulador


Redimob -

Investir sem conhecimento e consultoria imobiliária especializada pode resultar, inclusive, na perda do imóvel.

A contínua e crescente construção de novos empreendimentos imobiliários, faz com que os mais ousados, apliquem seus recursos financeiros em imóveis que estão em lançamento, com o intuito de ganhar dinheiro rápido e com facilidade. Mas o corretor de imóveis, Rodrigo Barreto, afirma em seu blog que investir não é tão fácil quanto parece.

Normalmente, por algum tipo de influência, os candidatos a investidores esperam chegar próximo ao prazo de entrega do imóvel para iniciar a comercialização do ágio, ou seja, a quantia que corresponde ao conjunto do valor pago mais a valorização do período. “Às vezes, são pessoas que nem têm condições de adquirir o imóvel, querem apenas lucrar com a venda do ágio. E é aí que mora o perigo”, ressalta.

Negociando valores

Quem está realmente interessado em comprar um imóvel novo para morar, para abrigar sua família com maior conforto, se tiver a opção de comprar diretamente da construtora com as facilidades de pagamento que existem, não irá comprar um ágio, na visão do especialista.

“Os que normalmente compram o ágio irão negociar seu valor. Alguns não conseguem receber nem aquilo o que pagaram durante a obra. Com o medo de perderem tudo o que investiram, se livram do ágio para, no mínimo, receberem alguma coisa”, explica Barreto.

Os investidores que possuem condições financeiras de adquirir o produto compram não só uma, mas algumas unidades. Por este motivo, determinados empreendimentos são totalmente vendidos em 10, 15 dias, ou um pouco mais, assegura Barreto. “Só que estes investidores não querem ter prejuízo e não vão vender seus ágios por qualquer preço. E caso haja dificuldade de comercializá-los? Simplesmente permaneceram com estes imóveis até o momento mais oportuno, fazendo renda com locação”.

Faça a coisa certa

Especuladores com menos sorte ou falta de uma consultoria em investimento imobiliário acabam por ter que devolver a unidade adquirida à construtora, na maioria das vezes, por falta de recursos, renda para concretizar o pagamento no prazo acordado em contratado.

Para quem está iniciando como investidor, é importante buscar imóveis mais comerciais, como kits, salas, apartamentos de um quarto, flats e apart-hotel, no qual o investidor saiba que conseguirá arcar com o compromisso de assumir o financiamento bancário ao final da obra. “O retorno certamente virá, mas é importante ter calma e fugir da especulação. É mais seguro ser investidor”, ressalta.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Decoração: 44ª Gift Fair abre hoje e espera receber 70 mil compradores

DCI - 

A feira contará com cerca de 700 expositores que atuam no mercado de presentes e artigos domésticos, entre eles, marcas famosas como Tramontina


A cidade de São Paulo abrigará, entre hoje e quinta-feira, a 44ª Brazilian International Gift Fair, considerada a maior feira da América Latina de design, artesanato e decoração para casa. A Gift Fair – como é conhecida – será realizada no Expo Center Norte, das 10h às 20h, e tem o objetivo de apresentar ao público os novos produtos e utensílios domésticos que irão compor as coleções das principais lojas de decoração do país. O evento é destinado apenas a lojistas e profissionais da área.

Esta edição da feira contará com cerca de 700 expositores que atuam no mercado de presentes e artigos domésticos. Entre eles, estarão marcas famosas e respeitadas, como Cisper, Coza Utilidades, Nadir Figueiredo, Oxford, Porcelana Schmidt, Santa Marina e Tramontina – todas elas nacionais. Além disso, o evento também contará com a presença de empresas que trabalham com materiais importados, como a Conthey Import, Full-Fit, Yoi Houseware, Dayhome, Ribeiro e Pavani, China Shopping e Lucatti.

De acordo com Mauro Jordão, presidente da Laço Ltda., empresa responsável pela organização do evento, estima-se que a feira atraia, este ano, cerca de 60 ou 70 mil compradores do setor de decoração. “O número de visitantes para a feira deste ano foi calculado com base no número de participantes do evento no ano passado. Em 2011, cerca de 65 mil pessoas passaram pela Gift Fair”, explica Jordão. Ao todo, as empresas envolvidas no evento terão à sua disposição uma área de 70 mil m² para seus estandes.

Segundo Mauro Jordão, essa edição da feira contará com muitas novidades que, no entanto, estão sendo mantidas em segredo pelas empresas expositoras. “As novidades só irão aparecer no momento da feira. Agora, as marcas estão organizando seus estandes”, diz. Além disso, o presidente da Laço Ltda. afirmou que as marcas estão muito animadas com a realização do evento. “Estamos observando um grande otimismo por parte dos expositores. Eles estão torcendo para que a feira venha a ser muito boa”, ressaltou Jordão.


A onda de otimismo dos expositores explica-se pela crescente procura por informações por parte do público. A Laço diz ter recebido mais ligações de pessoas interessadas no evento. Além disso, os hotéis que cercam a região do Expo Center Norte, onde será realizada a exposição, já abrigam um grande número de hóspedes. Para Jordão, a área de decoração é um setor que cresce no Brasil.

“O mercado de construção de apartamentos, casas e edifícios cresce no país, fator que acaba fortalecendo o desenvolvimento do setor de moda para as casas”, enfatiza Jordão. De acordo com o presidente da Laço, o setor recebe cada vez mais investimentos, principalmente nos produtos da linha branca, como refrigeradores, fogões e microondas. “O mercado cresce na horizontal e alguns dos produtos mais procurados são aqueles que integram o setor da decoração e da utilidade doméstica”, diz Jordão.

Além disso, o presidente da Laço enfatizou que as empresas brasileiras produzem acessórios no mesmo nível de excelência que as marcas estrangeiras, o que estimula, também, a exportação de utensílios domésticos brasileiros para outros países.

Segundo Jordão, o número de estrangeiros presentes nas últimas edições da Gift Fair cresceu, embora ainda seja “inexpressivo”.

Por isso, devido à expansão do setor, a organização do evento investiu cerca de R$ 70 milhões para a realização da exposição. Estima-se que o evento deva faturar US$ 1 bilhão, cerca de R$ 2 bilhões. Este ano, a Gift Fair comemora 22 anos de existência e continua sendo uma feira de referência para os profissionais da área de decoração, design, móveis, presentes e utilidades domésticas. Para participar do evento os lojistas devem se credenciar através do endereço eletrônico: www.laco.com.br

Preço dos imóveis não vai cair, diz revista



odiario.com/ Blog do Lijardi


A notícia não é boa para quem pretende comprar um imóvel: não há previsão de queda nos preços, cada dia maiores. Pelo menos é o que foi levantado pela revista Exame desta quinzena, que ouviu diversos especialistas.

O que deve acontecer daqui em diante é uma redução no ritmo de aumento. Entre 2010 e o primeiro semestre de 2011, o preço médio dos imóveis cresceu 2,6% ao mês, passando depois a subirem 1,8% ao mês.

Em São Paulo e Rio de Janeiro os preços mais que dobraram em três anos, de 2008 a 2011, acumulando alta de 123,8%.

Tá achando caro? Segundo a revista, em outros países emergentes, como Rússia e Índia, o preço médio do metro quadrado chega a ser 3,5 vezes maior do que aqui.

A reportagem de capa trata do mercado imobiliário no País, e os problemas enfrentados pelas grandes construtoras — várias delas com obras atrasadas. Os atrasos, segundo levantou a Exame, é porque as construtoras foram com muita sede ao pote. Fizeram parcerias erradas e lançaram mais empreendimentos do que a mão de obra disponível.

O volume de lançamentos disparou 310% entre 2006 e 2011, por conta do aumento em sete vezes das linhas de crédito. Em compensação, a saúde financeira das incorporadoras com ações na bolsa vem piorando.

Em 2007, o lucro liquido das incorporadoras cresceu 171%, uma beleza. Até 2010, foram sucessivas altas. Já em 2011, o baque: queda de 12% no lucro. O endividamento (dívida líquida em relação ao patrimônio) subiu de 28% em 2008, para 68% no ano passado.

Um outro resultado negativo para a construção é que os custos com mão de obra e materiais dispararam, elevando o preço para o comprador. Por consequência, menos imóveis passaram a ser vendidos em 2011. Em Belo Horizonte, por exemplo, as vendas caíram 44% ano passado. Em São Paulo, 26%. Queda de vendas não significa queda de preço — as construtoras estão se adequando e lançando menos empreendimentos.

A boa notícia, segundo a revista, é que não vivemos uma bolha imobiliária. O que resulta na tal da bolha em países desenvolvidos foi a abundante oferta de crédito — com gente pegando dinheiro emprestado e comprando imóvel para especular. No Brasil, o financiamento imobiliário responde por 5% do PIB, um dos menores do mundo, de acordo com a Exame. No Reino Unido, por exemplo, a participação do crédito imobiliário é de 88% no PIB. Nos Estados Unidos, 81%.

Também de acordo com a reportagem, é “baixíssima” a chance de que se repita o caso da Encol, que quebrou em 1999 deixando 42 mil clientes na mão, com 710 empreendimentos parados em 65 cidades. O baixo risco é porque os bancos exigem hoje que cada obra seja registrada como um empreendimento independente, com caixa próprio — evitando que o problema financeiro de um empreendimento prejudique o outro.

Então, quem conta com a explosão de uma bolha para ver os preços caírem pode colocar as barbas de molho. É bem possível que isso não ocorra.

Brasil é 2º em ranking mundial de valorização imobiliária

Exame -

O preço dos imóveis subiu 27,82% em 2011 e só não superou a alta registrada na Índia, mostra pesquisa



Construção em São Paulo: preços dos imóveis têm a segunda maior alta do mundo


São Paulo – Os imóveis no Brasil tiveram uma valorização nominal de 27,82% em 2011, a segunda maior do mundo. Segundo pesquisa realizada pelo site Global Property Guide, que auxilia investidores na busca de imóveis ao redor do mundo, o Brasil ficou atrás apenas da Índia no ranking da variação dos preços dos imóveis, que incluiu 35 países (veja abaixo):
PaísValorização imobilária em 2011Alta em 2010
Índia35,77%ND
Brasil27,82%23,49%
Estônia12,79%13,40%
Hong Kong11,36%22,13%
Noruega7,97%6,60%
Turquia7,30%2,27%
Islândia7,18%-1,49%
Coreia do Sul7,02%1,70%
Singapura5,85%17,56%
Ucrânia5,29%-9,47%
Indonésia5,05%2,91%
Letônia4,81%10,31%
Suíça4,42%1,12%
Alemanha3,89%3,06%
África do Sul2,80%3,16%
Nova Zelândia1,84%-0,74%
China1,28%2,65%
Reino Unido1,15%57,00%
Finlândia1,04%5,23%
Lituânia-0,36%-4,01%
Croácia-0,92%-5,24%
Israel-1,21%17,04%
Estados Unidos-2,43%-4,21%
Eslováquia-2,68%-2,08%
Suécia-2,76%5,23%
Holanda-3,38%-1,00%
Japão-3,98%5,82%
Portugal-4,15%-2,21%
Austrália-4,84%4,64%
Bulgária-6,16%-5,58%
Polônia-6,60%0,64%
Espanha-6,78%-3,53%
Taiwan-7,44%10,91%
Grécia-7,94-5,83%
Irlanda-15,82%-11,04%


O ranking revela que a alta dos imóveis no Brasil e na Índia não tem qualquer paralelo com o que está acontecendo nos demais mercados ao redor do mundo. Descontando a inflação da variação do preço dos imóveis, houve desvalorização em 22 dos 35 países pesquisados. Além disso, em 21 países o desempenho do mercado imobiliário foi pior do que no ano anterior. Os números do quarto trimestre foram ainda piores. Houve alta real de preços em apenas 10 dos 35 países.

O site Global Property Guide atribui a desvalorizações dos imóveis na maioria dos mercados pesquisados ao fraco crescimento econômico mundial, às preocupações com o elevado endividamento dos países ricos, à baixa confiança do consumidor e ao alto desemprego em diversas nações.

Já a situação no Brasil seria oposta porque a economia vai bem. O Banco Central está em meio a um ciclo de redução das taxas de juros – o que sempre é positivo para o mercado imobiliário. As incorporadoras também costumam explicar as altas de preços com o aumento dos custos de construção, já que mão de obra, terrenos e materiais de construção são hoje muito mais caros do que eram há alguns anos.

Por último, especialistas do mercado imobiliário também costumam apontar a desinformação de muitos compradores como fator de pressão sobre os preços. Os imóveis nas principais cidades brasileiras mais do que dobraram de preço nos últimos cinco anos. No imaginário de alguns investidores, os imóveis se transformaram em sinônimo de bom negócio.

O que muita gente se esquece em épocas de euforia é que, da mesma forma que os preços sobem, também podem descer. A Ásia é um bom exemplo disso. Segundo a pesquisa da Global Property Guide, com exceção da Índia, os preços estão acomodados ou até mesmo em queda na região, que foi a queridinha dos investidores globais na década passada.

As valorizações em Hong Kong, Cingapura e China foram bem menores em 2011 do que no ano anterior. Já em Tóquio e Taiwan, houve recuo de preços. As desvalorizações ocorreram mesmo com a região ainda em um momento econômico favorável, o que levou o Global Property Guide a afirmar que o “boom imobiliário na Ásia acabou”.

A Europa é outra região que prova que os preços podem cair – em alguns casos, de forma acentuada. Espanha, Grécia e Irlanda apresentaram péssimos resultados neste ano. O alto endividamento e a falta de confiança dos investidores reforçam a percepção de que a Europa entrará em nova recessão em breve – o que sempre tende a enfraquecer o mercado imobiliário ainda mais do que outros setores da economia.